segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

CONHECEREIS A VERDADE...



Olhei fixamente o mar, o corte da sua imensidão me fez voltar no tempo e lembrar a noite no shock-room... É... a noite também infinita, com a morte a espreita daqueles miseráveis que você levara e com seu ar superior determinara a sentença: A MORTE...

Deita-se aqui para parecer o infinito, mas na verdade você é meramente a incógnita, onde o zero à esquerda vale tanto ou igual ao que você se desenha para mim... você é ninguém, é alma despedaçada, sem vínculos, sem afetos, um sem ninguém tal qual àqueles que você negava... Tão ninguém que não percebera que um dia a grandeza do mar me faria enxergar claramente quem se escondia nos becos, nas vielas, na sarjeta infinita dos pobres diabos sem chance de vida, sem chance de nada... excluídos por você e pelos que te seguiam na prepotência da mais-valia da cor de suas vestes...

Mas, para mim, você é menos, você merece ser o que é em seus delírios, você é NADA, você é NINGUÉM...

Pois, nos seus olhos não vi honra, vi insanidade.

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