terça-feira, 13 de março de 2012

UPA 19 REALENGO/RJ

UPA 19 - Realengo: Ainda existe esperança!

Dormi às 04:00h (já aprendi a conviver com a Dona Insônia) e fui acordada as 06:00h pela Belle, queimando em febre de 39,5. Todos os sintomas informados sugeriam um quadro de DENGUE e como de médico e louco todos nós temos um pouco dei dipirona, fiz compressas, banho frio... mas, a danada da febre não cedeu. Sabia que a UPA tem um dos melhores protocolos para dengue e foi pra lá que fui, apesar da resistência e do preconceito que tentamos esconder. Minha concepção estava correta? Agora sei que não e descobri isso na UPA 19 - Realengo. O cenário era previsível. O caos estava ali instalado, crianças desnutridas, chorando, vomitando, um clima de histeria coletiva pairava no ar. Acompanhantes irritados, palavrões, chama a polícia, pedidos velados de socorro e uma grande onda de insatisfação porque os resultados de exames saiam em duas horas. Ora, duas horas de espera pelo resultado de um exame e estavam reclamando de quê? Aguardei e o diagnóstico foi confirmando, minha filhinha está "dengosa". Mas, o que quero ressaltar, aqui, é que por detrás dessa cortina de fumaça que o sistema nos impõe (a todos - ricos/mediados/pobres; negros/ amarelos/brancos; crianças/adultos) ainda resta esperança. Pois, rompendo com concepções equivocadas, considero que em nenhum outro hospital minha filha receberia atendimento mais adequado. Para além de qualquer protocolo o atendimento foi exemplar. Com a Bellinha devidamente medicada, hidratada e orientada pela Dra Maria Donizete M. Brandão e equipe de enfermagem da UPA-Realengo voltei para casa com minha filha. É preciso reconhecer o profissional dedicado e atencioso, uma pena que a população de forma geral não veja assim. Meu sincero agradecimento a todos.
Tania Loos