sábado, 20 de março de 2010

DISCURSO E PODER

Saudações aos amigos!

Acessando meus blogs favoritos observei que, finalmente, meu amigo Wanderby voltou a postar e com as mesmas características de sempre: inteligência, bom senso, alta capacidade de comunicar idéias e, sobretudo, gerando empatia com seus seguidores.

Lendo algumas postagens do Wanderby e outras do CEL Paul lembrei-me de trechos do livro que estou terminando a leitura: Discurso e Poder - Teun A. vanDijk.

O livro se reporta aos ECD (Estudos Críticos do Discurso) tratando de problemas sociais complexos para os quais o autor aponta a necessidade de se desenvolver ou aplicar teorias e métodos complexos de várias disciplinas e, ao mesmo tempo, satisfazer os critérios sociais relevantes para grupos dominados. E é aí que vejo dois incríveis "personagens" da nossa história (Wanderby e Paul) que não se submetem ao Poder Dominante, não se rendem ou se deixam controlar pelo poder institucional que nos quer "calar a boca".

Assim, observem o que diz o autor sobre discurso e reprodução do Poder Social:

Tradicionalmente, controle é definido como controle sobre as ações de outros. Se esse controle se dá também no interesse daqueles que exercem tal poder, e contra os interesses daqueles que são controlados, podemos falar de abuso de poder. Se as ações envolvidas são ações comunicativas, isto é, o discurso, então podemos, de forma mais específica, tratar do controle sobre o discurso de outros, que é uma das maneiras óbvias de como o discurso e o poder estão relacionados: pessoas não são livres para falar ou escrever quando, onde, para quem, sobre o que ou como elas querem, mas são parcial ou totalmente controladas pelos outros poderosos, tais como o Estado, a polícia, a mídia ou uma empresa interessada na supressão da liberdade da escrita e da fala (tipicamente crítica). Ou, ao contrário, elas têm que falar ou escrever como são mandadas a falar ou escrever.

Felizmente esse controle, o exercício da violência simbólica (instituída para tirar a voz de quem ousa dizer verdades) não nos afeta, precisamos de mais Wanderby's, Paul's, Luiz Alexandre's e tantos quantos quiserem manifestar-se contra o Poder Dominante, porque somente assim conseguiremos a transformação social desejada.

É livre a manifestação do pensamento, por isso rendo minha homenagem ao autor do livro que está clarificando minha mente e aos ilustres companheiros. Rogo que continuem, não se deixem levar pelo discurso dominante que, paralelamente ao controle da fala e da escrita, exerce abuso de poder quando quer manipular mentes. Dessa forma quero registrar, ainda, que, segundo meu entendimento, a força do Poder Dominante já cooptou pessoas, agindo de modo semelhante aos americanos: "se eu não posso calar essa voz que essa voz fale o que eu quero que seja dito"...

Espero postar, em breve, outros recortes do livro, especialmente, os relacionados à intervenção do Poder Dominante no Discurso Midiático.

Tania Loos (manifestando-se livremente, sem medo de ser feliz)